quarta-feira, 2 de junho de 2010

O papel da juventude nas mudanças do Brasil

O ano de 2010 será pautado pela polarização entre dois projetos para o Brasil. Estará em jogo o avanço do projeto democrático e popular, representado pela companheira Dilma. Por outro lado, está presente a ameaça de retrocesso ao projeto neoliberal, com suas privatizações e criminalizações dos movimentos sociais, representado pela candidatura do PSDB/DEM.

A Juventude do PT, compreendendo a dimensão das tarefas deste ano e o seu impacto para o futuro do Brasil e de sua juventude, abriu o ano com um intenso processo de mobilização e debate. O Encontro Nacional da JPT, realizado em janeiro aprovou uma resolução com as diretrizes de juventude que apresentaremos para compor o programa de governo da companheira Dilma (disponível em: http://jpt.org.br/publicacoes/upload/resolucao-enjpt-2010.pdf).

Juventude e sua dimensão estratégica

A resolução tem como eixo condutor a definição da dimensão estratégica da juventude para o desenvolvimento econômico e social do Brasil. Ela se dá a partir da compreensão de que a juventude é o segmento etário que sofre mais intensamente as contradições do capitalismo. São aqueles que ocupam os trabalhos mais precários, instáveis, inseguros e com menores salários, concentram índices de desemprego e informalidade acima da média da população economicamente ativa. Ainda, são aqueles mais expostos à violência urbana e a mortes violentas.

O perfil da juventude brasileira é o de uma juventude trabalhadora e predominantemente pobre. De acordo com dados IBGE/PNAD 2006, mais de 90% dos jovens brasileiros vivem em famílias com renda de até 2 salários mínimos per capita. Ainda conforme esse dados, 66% da população entre 14 e 29 anos trabalha ou procura trabalho, parte desses tendo que conciliá-lo com os estudos.

A temática de juventude ganha ainda mais destaque ao se verificar que atualmente a juventude encontra-se no seu pico populacional constituindo cerca de um quarto da população brasileira. Trata-se do maior número de jovens da história do país e que representará durante um longo período um contingente expressivo da população.

Não é possível, portanto, pensar o desenvolvimento econômico e inclusão social do país sem considerar a juventude. Está colocado para o próximo governo o desafio de avançar rumo a outro modelo de desenvolvimento, capaz de estabelecer novas relações sociais no Brasil, com a superação de desigualdades sociais e econômicas combinadas ao fortalecimento da democracia de da participação popular.

Diretrizes para a ação

Se temos uma juventude sobretudo trabalhadora, parte expressiva dos dilemas e demandas dos jovens estão justamente na conciliação do tempo entre trabalho e estudo. Portanto, é uma premissa básica para o nosso projeto o de articular políticas públicas que garantam ao jovem mecanismos de poder se poder se dedicar aos estudos, sem que a sua condição social seja um impeditivo, de modo que sua inserção produtiva se dê posteriormente e em melhores condições. Essa agenda deve estar articulada com a noção de direito ao tempo livre, ao maior acesso à cultura, a espaços de participação e socialização, fundamentais para um período de definição de identidade e formação.

Na área da educação, temos que hoje o principal gargalo é constituído pelo Ensino Médio, nível no qual há uma brusca redução de matrículas comparado ao ensino fundamental e uma alta taxa de evasão escolar. Isso se deve não apenas ao fato de que muitos jovens deixam de estudar para trabalhar, mas também em função do descolamento da realidade da escola em relação à vida e aos anseios dos jovens.

É preciso repensar a própria função do Ensino Médio, combinando-se a isso políticas de correção da defasagem idade/série, e a integração dos programas sociais ao cotidiano escolar. Políticas de cultura, de integração e mobilidade, de esporte e lazer, dentre outras, devem estar articuladas com a realidade e cotidiano do processo de aprendizagem e construção da cidadania.

No âmbito do trabalho, é preciso fortalecer a agenda de promoção do trabalho decente, combatendo mecanismos de precarização e flexibilização das relações de trabalho, aos quais os jovens estão mais expostos. É preciso pensar uma política de assistência estudantil para a educação básica, que garanta ao jovem condições de evitar a entrada precoce e precária no mundo do trabalho.

São esses elementos que devem orientar nossa ação política e construção da campanha no próximo período. A aprovação da resolução foi apenas o início de um processo mais amplo de debates, para garantir o enraizamento e aprofundamento de propostas a partir das diretrizes do programa de governo.

Os desdobramentos se dão agora nos Estados, onde deve ser debatido também a dimensão e programas locais, articulados a nossa intervenção nacional. Para além disso, os encontros estaduais devem também ter a capacidade de incidir sobre a campanha geral, garantindo o espaço para a intervenção da juventude no programa e na mobilização da campanha. Devemos buscar ao máximo mostrar a nossa cara, pensando comitês de juventude e atividades capazes de pautar nossas bandeiras, de modo dar protagonismo aos nossos militantes e conquistar corações e mentes de milhares de jovens para o nosso projeto de mudanças do Brasil.

domingo, 29 de novembro de 2009

Juventude do PT convoca Encontro Nacional para 2010

A Direção Nacional da JPT está convocando Encontro Nacional para fevereiro de 2010, com o objetivo de discutir nosso programa de governo e estratégia para as eleições. Em janeiro ocorre as Plenárias Estaduais que elegerão os delegados e delegadas que participarão da etapa nacional.

Confira a circular da Direção Nacional da JPT:



CIRCULAR SOBRE O ENCONTRO NACIONAL DA JPT

É sabido que a Juventude do PT vive um momento histórico do ponto de vista da sua mobilização e organização. A partir do nosso I Congresso, iniciamos a transição para um outro modelo organizacional, superando a velha forma setorial, e contemplando a diversidade da juventude brasileira em nossas ações. Isso significou, em um primeiro momento, um avanço na compreensão partidária sobre a importância do segmento juventude na construção do PT e do seu projeto. Esta compreensão vem sendo impulsionada pela dinâmica e ações que desenvolvemos como a Caravana Nacional da JPT e o cotidiano do funcionamento da JPT nacional, nos estados e municípios.

Entretanto, ainda precisamos avançar. A Juventude do PT precisa impulsionar a sua organização para responder aos desafios e as expectativas da juventude brasileira. Contribuindo, assim, para a superação dos graves problemas que atingem este segmento e para a continuidade e aprofundamento das transformações em curso no país, fruto do Governo Lula.

Para isso, o ano de 2010 será crucial. Está em jogo a continuidade do projeto democrático-popular e das mudanças em curso no país, que estão atingindo em cheio a juventude brasileira.

Por considerarmos a juventude um tema central do projeto de desenvolvimento que defendemos – e querer que o PT como um todo assuma essa compreensão -, precisamos assumir um papel protagonista nas próximas eleições. Isso significa dizer que devemos estar à frente da campanha Dilma, fazendo com que tenhamos o destaque necessário no cenário eleitoral e no programa de governo.

Para isso, a Direção Executiva Nacional da Juventude do PT, seguindo resolução do Conselho Político da JPT - aprovado pelo Diretório Nacional do partido -, convoca o Encontro Nacional da Juventude do PT.

Este será um grande processo de mobilização e elaboração política, envolvendo todas as instâncias e militantes da JPT, onde debateremos o papel dos jovens no desenvolvimento do país, definindo a nossa estratégia de organização e as diretrizes de programa de governo da JPT para a eleição a nível nacional e nos estados.

O Encontro Nacional da Juventude do PT será realizado nos dias 05, 06 e 07 de Fevereiro de 2010, acompanhando o processo do IV Congresso do PT, e servindo de preparação para a intervenção tanto na etapa nacional, quanto nos estados e municípios.

O processo do ENJPT consistirá em Plenárias Estaduais Preparatórias, que serão um momento de discussão da militância sobre a plataforma nacional. Após a etapa nacional, serão realizados os Encontros Estaduais da JPT, que terão o papel de organizar a intervenção da JPT nos estados, sendo o pontapé inicial para as campanhas estaduais. E, por último, serão realizados os Encontros Municipais, já com o caráter de campanha, instituindo os Comitês de juventude a nível municipal.

Por fim, o ENJPT convocará o II Congresso da Juventude do PT para 2011, seguindo a resolução do Conselho Político da JPT.

O regimento será encaminhado pela Direção Nacional da JPT.

O quê? Encontro Nacional da Juventude do PT

Local: Brasília/DF

Data: 05, 06 e 07 de Fevereiro de 2010.

Tem como objetivos:

- Debater desenvolvimento nacional e conjuntura e o papel da juventude.

- Definir a estratégia de campanha para as eleições 2010

- Definir as diretrizes de programa de governo

- Qualificar a intervenção da JPT no IV Congresso do PT

- Convocar o II Congresso Nacional da JPT para 2011

Do processo do encontro:

ETAPAS ESTADUAIS PREPARATÓRIAS

- O Encontro Nacional da JPT será antecedido de etapas preparatórias que consistirão em plenárias estaduais com diretrizes de programação

Período: de 08 a 24 de janeiro.

Estão aptos a participar das Plenárias Estaduais, todos os filiados aptos no PED 2009, com idade máxima de 29 anos. Estas plenárias têm como objetivo eleger a delegação dos estados ao ENJPT, e aprofundar a formulação e a estratégia de mobilização da JPT e da juventude brasileira nas eleições de 2010, lançando mão dos recursos das teses das forças, inclusive.

INSCRIÇÕES DE TESES

Prazo, formato, numero de páginas, temas, signatários: a ser definido pela direção nacional.

.

- O Encontro Nacional deflagrará grande processo de mobilização com Encontros Estaduais e Municipais, que terão o papel de impulsionar a mobilização da JPT para as eleições, aprofundar a discussão sobre as conjunturas nacional e estaduais, discutir as diretrizes de programa de governo e organizar localmente as campanhas.

- ENCONTROS ESTADUAIS:

Período: 06 de mar a 03 de abril

- Encontros Municipais.

Período: Abril e Maio.

Estes encontros devem seguir as linhas definidas pelo encontro nacional e dar vazão aos anseios da juventude local.

As etapas estaduais e municipais devem ter caráter de mobilização e preparação para a campanha eleitoral.

Importante: Os Encontros Municipais acontecerão muito próximo do clima de campanha. Estes devem ser o embrião de criação dos Comitês da campanha Dilma.

Da composição das delegações ao Encontro Nacional da JPT

O Encontro Nacional da JPT será composto por delegação eleita nas etapas preparatórias estaduais.

Cada estado terá direito a enviar 01 (um/a) delegado/a para cada 07 presentes na etapa preparatória.

Devem ser respeitadas a paridade de gênero e proporcionalidade étnico-racial, segundo resolução do I Congresso da JPT.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

JPT SÃO CRISTÓVÃO PED 2009

A jpt São Cristóvão vem parabenizar e dar total apoio ao novo Presidente do PT no municipio Angelino.

Flávio Henrique
Coordenador de comunicação da JPT

ANGELINO novo Presidente do PT de São Cristóvão

Parabéns para o companheiro ANGELINO, o novo presidente do PT de São Cristóvão, eleito com mais de 130 votos de diferença, mais uma vez os filiados do PT demonstraram a confiança que tem, na atual direção do diretório e no vice-prefeito de São Cristóvão CLÁUDIO SANCLAU, elegendo o companheiro ANGELINO e os membros da chapa Construindo uma nova São Cristóvão.

Parabéns a todos os filiados e simpatizantes do PT, que contribuíram para a festa da democracia (PED 2009), fico muito feliz com este resultado por que como diz o ditado, quem trabalha, Deus ajuda.


Saudações Petistas


WALLACE RODRIGO

domingo, 4 de outubro de 2009

Carta da JPT à juventude brasileira

O mundo está mudando. A velha ordem mostra sinais de cansaço, enquanto a novidade ganha fôlego na América Latina. É um momento decisivo para inverter regras ultrapassadas, dizer que os tempos de ditadura do mercado precisam chegar ao fim e afirmar que para transformar esta época de mudanças em uma mudança de época, a hora é agora

O Brasil está mudando. Se antes ficávamos em silêncio, hoje o mundo quer nos ouvir. Se antes qualquer vento nos derrubava, hoje enfrentamos ciclones e temos condições de sair mais fortes da tempestade: o mundo sabe disso. Por outro lado, os que teimam em enxugar o Estado e apostar no mercado não param de afundar.

Mas a partida só acaba quando termina, e ainda temos muito jogo pela frente. Os que defendem os monopólios e privatizações querem entregar as riquezas do povo brasileiro a acionistas e especuladores. São os mesmos que multiplicaram a dívida pública e baixavam a cabeça para o FMI. Está aí a aliança demo-tucana que representa os interesses da minoria elitista que quer impor seu projeto de concentrar riqueza e lucrar sempre mais.

Do lado de cá estão os de baixo, que sobreviveram ao chumbo grosso da repressão e lutam para desconcentrar a riqueza e o poder. É a aliança entre petistas, comunistas, socialistas e demais setores democráticos e populares que colocam o ser humano e o meio ambiente no centro das atenções e preferem dar as mãos aos vizinhos latinos a lamber as botas dos gigantes.

O projeto de país que definirmos hoje, enquanto somos jovens, é o divisor de águas para lançar as bases de nossas condições de amanhã. O que está em jogo é o futuro do Brasil e das nossas vidas. Não existe alternativa para o povo brasileiro sem investir nos jovens agora, afinal, só seremos o futuro se estiver garantido o nosso presente. O desenho do Brasil e do mundo que queremos ver emergir deste tempo de incertezas depende da nossa situação hoje.

Por isso, não podemos abrir mão de que a riqueza extraída da exploração do petróleo, patrimônio do povo brasileiro, seja propriedade pública investida nos jovens e nas crianças. É por esse motivo que devemos garantir aos jovens do campo a possibilidade de permanecer onde estão, sem precisar migrar para as cidades, a partir da expropriação das terras que não cumprirem com índices de produtividade mais altos, visando a reforma agrária. É com esse horizonte que devemos lutar pela a redução da jornada de trabalho sem redução dos salários (citar a tramitação), criando mais empregos, combatendo a precarização da mão de obra e gerando mais tempo livre para que a juventude tenha acesso a uma formação integral, com direito à cultura e ao lazer.

O governo do Presidente Lula, representa um avanço sem igual para nós jovens. As diversas políticas públicas para a juventude como o ProUni, Reuni, Pro-jovem, a ampliação das escolas técnicas, dentre outras, são importantes iniciativas de inclusão da juventude que precisam ser cada vez mais aprofundadas.

Mas é preciso dar continuidade a isso e ir além, mudar a vida da juventude. Nós jovens devemos ter garantido o nosso direito ao trabalho. Apesar das mudanças em curso, a juventude ainda é a parcela que mais sofre com o desemprego e a precarização dos salários e condições de trabalho. Aliás, a forma como entramos no mundo do trabalho tem forte influência sobre nossa trajetória profissional. No entanto, mais que um acesso decente ao mundo do trabalho, precisamos também ter o direito de não precisar trabalhar tão cedo como ocorre atualmente e poder nos desenvolver cultural e intelectualmente.

Mas para isso é preciso que a escola passe a dialogar com as nossas diferentes realidades e dilemas. Só conseguiremos dar conta de nossos deveres se o nosso direito à educação, sempre pública, nos for garantido desde a creche até a pós-graduação, sem filtros anti-democráticos e que privilegiem minorias, como é o vestibular. Não queremos contribuir com a produção de ciência e tecnologia para ampliar os lucros de poucos, mas para auxiliar no atendimento das necessidades do ser humano e do desenvolvimento ambientalmente sustentável.

Queremos que os meios de comunicação monopolizados pela iniciativa privada e a indústria cultural que destrói nossas raízes populares percam espaço para uma produção autônoma e democrática das nossas jovens revelações que surgem de nossas periferias e pequenas cidades. Não aceitamos que empresários tratem nosso patrimônio cultural histórico como mercadoria a ser vendida e comprada, trazendo segregação no acesso à produção cultural de acordo com a renda das pessoas.

Dizemos em alto e bom som: somos as principais vítimas da repressão policial e do crime organizado. Está em curso um verdadeiro genocídio da juventude, sobretudo dos jovens negros, pobres e moradores das periferias dos grandes centros urbanos. Parece óbvio, mas é preciso dizer que não é esse o futuro que queremos. Somos muito melhores que este destino traçado para nós. Temos potencial e queremos a oportunidade de aproveitá-lo.

Quem quiser se unir a essa luta venha conosco! Não temos tempo a perder. Para construir um mundo socialista que nos permita a felicidade, a hora é agora.

Juventude do Partido dos Trabalhadores

domingo, 13 de setembro de 2009

Juventude do PT: a hora é agora!

"Eu acredito é na rapaziada,

Que segue em frente e segura o rojão.

Eu ponho fé é na fé da moçada,

Que não foge da fera e enfrenta o leão.

Eu vou à luta com essa juventude,

Que não corre da raia a troco de nada."

(Gonzaguinha, "E vamos à luta").

Introdução

O Partido dos Trabalhadores conta com uma ampla participação de jovens em seu interior, muitos destes militando diretamente no setorial de juventude e outros tantos atuando em diversos setoriais ou diretamente nos diretórios municipais.

No entanto, apesar do número de jovens atuantes no PT ser bastante significativo, ele não é capaz de atingir o conjunto de nossos filiados jovens, isso porque o PT ainda não possui uma estrutura de setorial de juventude que consiga dialogar com todos eles, bem como com a juventude brasileira em geral. Hoje, o número de filiados/as jovens, com idade até 29 anos, é de aproximadamente 280 mil.

Por isso, se faz necessário que o partido invista e priorize um projeto que consiga alcançar uma juventude de massa, que dialogue com a sociedade e que, principalmente, seja uma clara expressão dos movimentos sociais, incorporando suas bandeiras de lutas e que recupere sua intervenção no movimento estudantil, bem como nos demais movimentos sociais.

Quando no nascimento do PT, a participação dos jovens com função de direção era muito vasta, sobretudo porque o PT se constituía como símbolo organizado dos sonhos e esperanças da juventude brasileira e de todos os perseguidos pela repressão militar. É preciso compreender que a luta e a resistência contra a ditadura era o centro do debate no momento, e parte expressiva das lideranças eram oriundas do movimento estudantil. Isso, provavelmente, explique o porquê do PT não ter tido como uma de suas prioridades, até então, a questão juvenil. Agora, passados 27 anos da sua fundação, o debate sobre juventude é mais intenso, por isso é preciso que o PT compreenda as mudanças dos perfis de sua juventude e as diferenças entre os jovens que se aproximavam do PT nos anos 80 e os que nos vêem hoje, principalmente após o envelhecimento das nossas principais lideranças, as experiências em governos, as crises, os acertos e os desacertos.

Pensar numa forma de organização de jovens que possibilite a formação de um movimento de massas na juventude possibilitará ao PT o reconhecimento como o partido com maior referência na juventude, sobretudo pelo seu compromisso com a adoção de políticas públicas para as juventudes e, principalmente, pelo compromisso com a transformação social.

A juventude deve ser entendida como peça fundamental para qualquer projeto que vise à transformação social. Porque os jovens são os que mais tem condições de contestar, questionar e transformar o presente, ou seja, é a ponte entre o tempo presente e o que queremos para o futuro. Mas para isso, as mudanças e a prioridade com relação a esse segmento têm que ser construídas agora, no hoje.

Nesse sentido, devemos também assimilar que a juventude não é de esquerda. Pois ser de esquerda ou não, é um processo cultural, político e na maioria das vezes econômico, que passam pelo processo de formação dos indivíduos, principalmente no período da juventude. E se, ao mesmo tempo, que essa construção histórica pode levar os jovens à rebeldia, à luta pelos direitos e interesses, também pode levá-lo ao marasmo, ao derrotismo e a um conservadorismo de novo tipo: agressivo e de aparência progressista, em alguns aspectos comportamentais, e individualista e neoliberal em sua concepção de mundo.

Por que um Congresso da Juventude do PT?

É fundamental a realização de um Congresso de Juventude para explicitar que, de fato, a juventude é entendida como um tema prioritário para o Partido dos Trabalhadores, para que seja reconhecida como sujeito das transformações sociais, é preciso que o conjunto da juventude e o partido em geral entendam que esse processo passa pelo reconhecimento de certa autonomia que entenda que ninguém sabe o que é melhor para a juventude do que nós jovens. É preciso garantir a ela papel de destaque permitindo liberdade de elaboração e formulação de acordo com sua realidade, para constituir uma nova forma de organização.

O III Congresso do PT e a Juventude

Tendo a compreensão da necessidade do investimento e a priorização da juventude do PT para o próximo período e sua constituição como juventude de massas, o III Congresso Nacional do PT deve ter como tarefa apontar que:

a) A organização e intervenção junto à juventude será prioridade política para o Partido dos Trabalhadores no próximo período.

b) Alteração estatutária do atual modelo de setorial. O PT, como partido de massas, deve criar uma organização da juventude petista em substituição ao atual modelo de setorial, que terá como função precípua dialogar com os jovens petistas, filiados ou simpatizantes, tornando-se a expressão publica do PT no setor juvenil. Devendo o Diretório Nacional acompanhar, politicamente, todas as suas atividades;

c) A participação nessa organização da juventude petista será restrita a jovens filiados ao PT, com idade entre 16 e 29 anos;

d) O 3º Congresso Nacional do PT aprova a convocação do I Congresso da Juventude Petista e determina que o Diretório Nacional elabore o seu regimento interno e normatize o seu funcionamento, devendo ser precedido de etapas municipais e estaduais. Em sua pauta, obrigatoriamente, dois pontos devem constar:

1. Concepção e funcionamento da organização da juventude petista;

2.Elaboração de um programa petista para juventude brasileira.

e) Determinar que o Diretório Nacional do PT fará reunião específica para analisar as deliberações do 1º Congresso da Juventude Petista, referendá-las ou não, e elaborar cronograma de implementação das decisões.

f) Os municipais e regionais devem ter a organização da juventude como prioridade. Para isso, devem realizar suas etapas correspondentes ao 1º Congresso da Juventude do PT.

g) Aprovar uma dotação orçamentária específica para juventude do orçamento nacional do Partido, que deve ser fiscalizada e acompanhada pelo Diretório Nacional.

Desafios do I Congresso da Juventude

O processo de debate sobre as questões do congresso e suas etapas ainda não esta iniciada, no entanto alguns temas relativos à forma de organização e estrutura precisam começar a ser debatido, abaixo segue alguns desafios do I Congresso da Juventude:

a) Elaborar um programa de atuação e planejamento para o próximo período que seja capaz de dialogar com a juventude brasileira, e orientar a atuação dos militantes petistas jovens nos diversos movimentos onde atuam;

b) Reformular a atual estrutura de juventude, construindo uma direção nacional ampla, com definições de funções entre os membros desta direção, assim como as direções estaduais e municipais;

c) Reduzir para dois anos o mandato dos membros das direções da juventude em seus diversos níveis com a finalidade de permitir maior rotatividade e renovação de quadros partidários;

d) Realizar eleições em período separados ao PED, permitindo aprofundar o debate sobre juventude;

e) Estabelecer um calendário de eleições das novas direções municipais, estaduais e nacional, de juventude, que devem ser eleitas posterior ao I Congresso Nacional de Juventude;

f) Pensar uma nova forma de eleição do setorial de juventude que possibilite um maior envolvimento dos militantes, permitindo a utilização de mecanismos das eleições diretas.

Juventudes partidárias de Sergipe divulgam Nota de Repúdio ao Ex-governador do Estado.

NOTA DE REPÚDIO AO



SENHOR JOÃO ALVEFILHO

Em virtude dos últimos acontecimentos, a juventude vem a público repudiar e registrar sua indignação com as declarações feitas pelo ex-governador João Alves Filho, que como legítimo representante da política oligárquica da “mamata” (DEM, PSDB), não poderia ter dado pior exemplo para a juventude sergipana quando orienta os prefeitos a “mamar” no governo.

Condenamos profundamente tal comportamento e gostaríamos de esclarecer:

1. Apesar de retratar fielmente o seu perfil político, os termos usados não são próprios de um ser político que aprecia ser chamado por seu secto de “Doutor”. Quando se mostra familiarizado com a política da “mamata” praticada em seus governos, o senhor João Alves desrespeita a sociedade sergipana, em especial a juventude;

2. As atitudes arbitrárias do senhor João Alves não vêm de agora. Nesse sentido relembramos o episódio do Fórum Estadual de Juventude realizado em 2005 no auditório do Gonzagão, quando na ocasião o então governador ordenou que a polícia militar agredisse de forma truculenta os jovens que ali se encontravam;

3. Movidos pela indignação, as juventudes partidárias do campo democrático e popular e movimentos sociais, vêm reafirmar sua união contra essa série de atos destemperados que atentam contra a democracia e a legitimidade da vontade do povo sergipano, exemplo disso é a agressão verbal e pessoal dirigida aos prefeitos de nosso Estado.

4. Reafirmamos também, nosso compromisso com as mudanças implementadas pelo governo Marcelo Déda, em que a juventude esteve sempre como protagonista e principal beneficiada em programas como ProJovem, PROUNI, na ampliação da universidade, realização das conferências de juventude, criação da coordenadoria estadual de juventude, criação das escolas técnicas estaduais, entre muitas outras ações;

Por fim, conclamamos toda a juventude sergipana a se posicionar contra os maus exemplos da velha política e reforçar a união em prol do avanço das verdadeiras mudanças.

JEFFERSON FERREIRA LIMA

Secretário Estadual da Juventude do PT

THIAGO MENEZES SIQUEIRA

Presidente da JPMDB/SE

FLÁVIO RAMOS SILVA FRAGA

Presidente da JSB/SE (PSB)

ROSIVÂNIA SANTOS DE JESUS

Presidente da UJS

ANDERSON DEFON

Presidente da JSPDT

NIULLY NAYARA SANTANA CAMPOS

Presidente do DCE-UNIT

ANTONINO CARDOSO

Presidente do DCE-UFS